quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A Obscura Rotina africana...

Eduardo Dantas

Quando falamos ou ouvimos alguém dizer “África”, vêm-se à mente imediatamente – já errônea – a idéia de apenas um país desfragmentado, além de miséria, fome, doenças e desgraças. O preconceito que gira em torno deste continente é absurdamente visível.

A África é o continente mais necessitado do mundo. Em proporção a isso é negligenciado, esquecido – nas boas horas –, e muito difamado. Com esses conceitos sociais já se tem uma ideia de como é a situação do continente, que possui apenas um país que pode se considerar relativamente avançado: África do Sul.

Vivemos num momento de crise mundi – Estados Unidos, onde vários países do mundo tiveram um percentual de queda em algum setor. Entre esses países estão os do continente africano. Como se esperava – não por ser a “África”, mas por ser um país subdesenvolvido –, a África, em específico, África Oriental, sofreu bastante com esse “baque” da bolsa de valores norte-americana que, com o “efeito dominó”, diminuiu os já poucos movimentos do mercado africano.

Como é sabido, o continente vem em um processo de crescimento, assim com outras economias subdesenvolvidas. Com a crise, esse crescimento foi abruptamente afetado, diminuindo assim, a possibilidade de uma maior integração mundial por parte da África.

Como visto na reportagem, integrantes da OIT (Organização Internacional do Trabalho) reuniram-se na maior cidade da Etiópia - Addis Abeba -, para uma discussão do momento atual do continente e, consequentemente, seus efeitos sobre a África e a vida da população africana.

Addis Abeba é um grande importador de produtos agrícolas e, portanto, é considerando pelos peritos da OIT o país que mais sofrerá com essa crise, que por sinal não é deles. Enquanto o mundo cresce, os países ricos ficam ainda mais ricos, o pobres, mais pobres, a África vive sua castigadora rotina de depender dos países desenvolvidos, que discutem “soluções” para seus problemas.

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