quinta-feira, 27 de agosto de 2009

TRÁFICO HUMANO: Um sério problema a tratar!

Raíza Pereira

O tráfico de pessoas, especialmente mulheres e crianças, passou a ser interesse da sociedade com preocupação a sua repressão somente no final do século XIX. Contudo, essa suposta atenção não diminuiu em nada o fluxo de pessoas forçadas ou enganadas á irem “trabalhar” em outros países. Mas será que até quando essa atividade criminosa dará lucros para empresas e/ou associações fantasmas?

Atualmente, esse crime se confunde com outras práticas criminosas e de violações aos direitos humanos e não serve mais apenas à exploração de mão-de-obra escrava. Alimenta também redes internacionais de exploração sexual comercial, muitas vezes ligada a roteiros de turismo e quadrilhas transnacionais especializadas em retirada de órgãos.

Entretanto, qual será a explicação para o crescente tráfico de pessoas, em especial o tráfico sexual de mulheres, advindos de países extremamente pobres com grande desigualdade social e desemprego? Esse fenômeno preocupa realmente a “sociedade” ou é mais uma leva de crimes com espantos instantâneos?

Me parece que por trás de tudo isso, estão as políticas econômicos de sucessivos governos, que vêm contribuindo para o crescimento dos índices de desemprego e subemprego, fomentando a saída de habitantes em busca de uma vida melhor no estrangeiro. Para muitas mulheres, essa saída se faz somente através de mercantilização do sexo, cujo primeiro passo pode estar num "programa" arranjado com um gringo. Além disso, ainda existem as campanhas publicitárias que promovem essa imagem através de folhetos e material promocional distribuído no exterior, mostrando a mulher como mercadoria, capaz de realizar os desejos dos clientes.

A publicação que traz detalhadamente as capitais do sexo no mundo com sugestões de como chegar, onde ficar, o que se deve levar, e etc., são facilidades encontradas que se tornam estímulos à prática do turismo sexual, além de muitas agências de viagem, hotéis que se envolvem diretamente com a prostituição.

Assim, essa problemática que envolve vários países tem que ser detida de forma conjunta, onde devem ser punidos não só quem procura o prazer, mas quem promove esse tipo de crime. Os governos não podem mais fechar os olhos para o que de fato é real, é preciso buscar soluções e não paliativos.

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