quinta-feira, 27 de agosto de 2009

PLURALIDADE CULTURAL

Raíza Pereira


O Desafio da Pluralidade Cultural é respeitar os diferentes grupos e culturas que compõem o mosaico étnico mundial, incentivando o convívio dos diversos grupos e fazer dessa característica um fator de enriquecimento cultural. Mas será que esse conceito se aplica a todos os países de cunho migratório?

A resposta negativa torna-se evidente em grande parte dos países europeus que vivem intensamente essa fase perene de discriminação e racismo advinda desde a antiguidade relacionando-se com o caráter xenofóbico. Assim, ciganos, africanos, homossexuais, emigrantes, e outros “diferentes” são perseguidos em muitas cidades e capitais européias, sofrendo todo e qualquer tipo de humilhação.

Contudo, a matéria referida faz justamente citação á esses acontecimentos freqüentes entre países europeus como Itália, Alemanha e Espanha que, muitas vezes, pregam um nacionalismo excessivo criando barreiras para o processo de “globalização” que é muito mais do que meros fatores econômicos relacionais.

Assim, torna-se deprimente a discriminação na Europa que é extremamente visível à sociedade e abafada à voz da revolução. Com isso a xenofobia passa a ser natural e histórica, entretanto, não deixa de ser mais uma faceta do egoísmo do ser humano, manifestação de falta de solidariedade e até desumanidade, em alguns casos, podendo até comparar a aversão ao estrangeiro ao crime de racismo propriamente dito.

Entretanto, a “onda” xenofóbica européia não se resume apenas a exclusão social, existe ainda o chamado processo de “integração étnico-social” que objetiva justificar as complexas razões dos problemas nacionais, pois é mais fácil responsabilizar os estrangeiros pelo desemprego, pela criminalidade e pela insegurança do que tentar entendê-los e solucioná-los.

Mas afinal, onde é que guardamos tal racismo e discriminação se a todo o momento pregamos a convivência por um mundo melhor? Devemos entender que o racismo permeia sim em nossa sociedade e para se ver livre dele, precisamos tomar posição a respeito, pois o problema não é sentir culpa pelo passado, é entendê-lo e transformar as possibilidades futuras.

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